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quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Recuperando Partições deletadas acidentalmente...


Bom se você parou aqui é porque está esperando a resposta para uma pergunta que deve ter feito faz pouco tempo: "E AGORA?". Se você foi vítima de uma deleção acidental de uma ou mais partições pode encontrar aqui uma forma de recuperá-las.

Ao apagar uma partição sem querer, ou se alguém ou algo o fez, a primeira coisa que deve fazer é desligar o computador, evite usá-lo para que você não escreva sobre a parte que deseja recuperar.

Se você não parou aqui por que perdeu sua tabela de partições, faça agora mesmo um backup digite o seguinte comando:

# dd if=/dev/%HD% of=backup.mbr bs=512 count=1

Onde
%HD% é o dispositivo onde se encontra a tabela de partições, hda, sda, etc... of é o arquivo de destino do backup, bs é a quantidade de bytes que se vai ler do dispositivo, e count corresponde a leitura de cada 1 byte.

Para recuperar depois de algum desastre é só digitar...

# dd if=backup.mbr of=/dev/%HD%

Perceba que lemos os primeiros 512 bytes do HD e salvamos em um arquivo, porque? Os primeiros 512 bytes é chamado de Master Boot Record ou somente MBR, desses 512 bytes apenas 64 bytes é reservado para a tabela de partição, cada registro de partição ocupa 16 bytes o que nos permite armazenar 4 partições, por isso que só podemos criar 4 partições primárias.

Bom, porque tudo isso? Pra deixar você mais tranquilo, pois se você mexeu apenas na tabela de partições você mexeu apenas em 512 bytes de todo o seu disco.

Para recuperar o que perdeu, devemos fazer o download de uma ferramenta chamada gpart ( http://www.stud.uni-hannover.de/user/76201/gpart/#download ). Uma vez que tenha feito o download, coloque-o em um disco, CD ou Disquete, dê o boot no seu computador usando um desses LiveCD (Ubuntu, Knoppix, etc...), execute o gpart e passe como parametro o HD que possui a tabela de partição a ser recuperada:

# gpart.linux /dev/%HD%

Mais uma vez, onde %HD% é o disco.

Depois disso o gpart vai iniciar uma varredura no seu HD procurando por possíveis partições e apresentar um relatório mais ou menos como o que segue:

Begin scan...
Possible partition(Windows NT/W2K FS), size(25595mb), offset(0mb)
Possible partition(Linux ext2), size(20473mb), offset(25603mb)
Possible extended partition at offset(46077mb)
Possible partition(Linux swap), size(2047mb), offset(46077mb)
Possible partition(Linux ext2), size(30718mb), offset(48124mb)
Possible partition(Linux ext2), size(51199mb), offset(78842mb)
Possible partition(DOS FAT), size(10166mb), offset(130041mb)
End scan.

Checking partitions...
Partition(OS/2 HPFS, NTFS, QNX or Advanced UNIX): primary
Partition(Linux ext2 filesystem): primary
Partition(Linux swap or Solaris/x86): logical
Partition(Linux ext2 filesystem): logical
Partition(Linux ext2 filesystem): logical
Partition(DOS or Windows 95 with 32 bit FAT, LBA): logical
Ok.

Guessed primary partition table:
Primary partition(1)
type: 007(0x07)(OS/2 HPFS, NTFS, QNX or Advanced UNIX)
size: 25595mb #s(52420592) s(63-52420654)
chs: (0/1/1)-(1023/254/63)d (0/1/1)-(3263/8/56)r

Primary partition(2)
type: 131(0x83)(Linux ext2 filesystem)
size: 20473mb #s(41929648) s(52436160-94365807)
chs: (1023/254/63)-(1023/254/63)d (3264/0/1)-(5873/254/61)r

Primary partition(3)
type: 015(0x0F)(Extended DOS, LBA)
size: 94130mb #s(192780000) s(94365810-287145809)
chs: (1023/254/63)-(1023/254/63)d (5874/0/1)-(17873/254/63)r

Primary partition(4)
type: 000(0x00)(unused)
size: 0mb #s(0) s(0-0)
chs: (0/0/0)-(0/0/0)d (0/0/0)-(0/0/0)r


O gpart irá se encerrar sem modificar absolutamente nada, ele apenas lhe mostrou o que ele encontrou, se quiser recuperar digite:

# gpart -W /dev/hda /dev/hda

O gpart vai lhe perguntar quais partições deseja recuperar, você pode digitar o número de uma partição ou o de todos, neste caso ele detectou 4 partições e vai me dar a opção de sair ou de recuperar as partições (1...4), escolha a recuperação e reinicie o computador, se tudo der certo relaxe e pense no que teria acontecido se não conseguisse, se não deu certo não pare por aqui existem outras opções. Procure no google pelo TestDisk, e boa sorte.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

KDE, GNOME, Enlightenment, XFCE, WindowMaker, Blackbox, etc...

Bom, estou aqui para dar a minha opinião acerca da guerra que existe entre os diferentes usuários dos diferentes gerenciadores de janela para os sistemas Unix.

Tudo que um usuário de um ambiente gráfico deseja é facilidade, certo? usabilidade, customizacão, e de quebra um pouco de colírio para os olhos. Bom certamente existe mais alguma coisa que não mencionei, mas vamos para a discussão.

Já experimentei muitos deste gerenciadores de janela, principalmente nos últimos dias em que tive que fazer funcionar o Eclipse + Jboss em uma máquina com 512 de RAM e só recebia mensagens de memória insuficiente.

Fui do KDE ao blackbox, passando pelo Enlightenmente DR16 e DR17, pelo IceWM, pelo BlackBox, Fluxbox, e Window Maker. Agora me sinto apto a dar uma opinião madura acerca desta guerra entre os diferentes gerenciadores de janelas.

Na verdade avaliamos um sistema pela sua facilidade de uso, pelo seu desempenho e sua capacidade de se adaptar às nossas necessidades. No primeiro quesito facilidade de uso, podemos dizer que KDE, Gnome e Enlightenment estão na frente, porém estes ficam pra trás quando o termo é utilização de recursos da máquina. Ficam na frente no quesito desempenho: BlackBox, FluxBox, IceWM e Window Maker. Em se tratando de customizacão o Enligthement é campeão seguido do KDE e do Gnome.

Levando a avaliacão para os princiapais concorrentes KDE e Gnome, podemos dizer que eles se completam. O Gnome tentar deixar as coisas mais simples possíveis, é díficil você não encontrar um local por onde passou para mudar alguma característica do sistema, mais é extremamente fácil você não encontrar uma opção para mudar algo que você deseja. O KDE lhe provê, diferentemente, muitas opcões o que torna fácil se perder entre elas, mas lhe deixa realmente no controle. Cada um do sistema se encaixa em um perfil de usuário.

Podemos destacar que, o KDE é mais customizável que o Gnome e quem valoriza este ponto como parâmetro de escolha certamente ficará com o KDE. Mas sem dúvidas o Gnome é mais intuitivo, principalmente devido ao seu menu bem definido. Não arrisco entrar em detalhes sobre consumo dos recursos e velocidade de execução, mas como mero usuário não senti diferença usando uma máquina com 256 de RAM.

A minha conclusão é que demore o tempo que demorar para você colocar as coisas do jeito que deseja, dispostas da maneira que ache melhor, com os ícones e atalhos em locais visíveis, com uma aparência que relaxe a sua visão: depois que você fizer tudo isso não importa o gerenciador que esteja usando, contanto que ele faca o que você quer na hora que você quiser do jeito que desejar.

E aqui encerro por um bom tempo posts sobre gerenciadores de janelas...

Abraco a todos.